terça-feira, 8 de julho de 2008

Apenas rascunhos!

Passam milhares de rodas loucas,
Correndo de um lado ao outro, quem não cansa?
Sem parar continuamos numa frenética dança.
Buzinas e ruídos em meio a desabafos sofridos.
Tristes cenas eu vejo, poucas palavras eu digo.

Gelada selva de pedras cinza que nos envolve,
Mesmo perdido em tuas esquinas encontro a lua.
Sabe ela que por entre muitos sonhos e encantos,
Sempre encontro tormentos que me levam a rua.
No interior de pessoas frias, almas quase vazias.
Corrompidas pelo querer, esquecidas pelo sentir.

Já não encontro o amor, e acredite, nem o ódio.
Só o que vejo são esses fantoches deslumbrados.
Não pense meu amigo, que eu estou amargurado.
Pelo contrario, vejo chances e até possibilidades.
Conheço pessoas incríveis, puras e inteligentes.
Corações que emanam paz, amor e serenidade.

Ainda alimento minhas utopias, e com alegria.
Não penso que são ilusões de algum sonhador.
Quero ser a semente, o vento, o riacho e a terra.
Semeador de sorrisos. De motivos sou inventor.
Já passei da fase de esperar minha futura amada.
Invento meus amores, porém não somos atores.

Já passei da fase de esperar que o mundo mude.
Mudo eu, mudo você, para o resto desejo saúde.
Também não pense que eu não me incomodo,
Saiba que apenas mudei de tática, não de rumo.
Tudo que escrevo é desejo, nem tudo realidade.
Princípios ditos no papel, da vida são rascunhos.
Apenas rascunhos!

Rafael Shouman

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