quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

A queda intencional.

A queda intencional.

O mundo pediu – “te abre para a vida!”.
Eu me abri, tentei me achar.
Coisas boas aconteceram.
Porém foram embora sem despedida
Perdi o rumo novamente,
Atirei-me, me droguei.
Num abismo escuro acordei.
Não vi mãos estendidas.
Agarrei-me nas pedras frias
Úmidas e escorregadias.
Não desisti, subir, subir.
Cheguei ao inicio do abismo
Confuso e machucado.
Diferente e renovado.
A luz retornou, o vento soprou.
Então vi uma mão, uma bela mão.
Ela me levantou, ela me ajudou,
Depois adormeci e não mais a vi
Tentei achar tão bela pessoa
Procurei e nada encontrei.
Então olhei o penhasco e pulei.

Rafael Shouman

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